A vontade de desistir não pode ser tomada pela pessoa de maneira literal, como se ela tivesse mesmo que sair pelas portas em direção a outro caminho. Projetar a felicidade profissional em outra carreira pode ser um engano. Se a vida é cheia de símbolos com significados que, para serem entendidos, precisam de um esforço da consciência, a vontade de desistir também precisa ser tratada simbolicamente: o que está difícil na vivência da profissão escolhida até o momento? Como é trabalhar nela? O que incomoda, e como incomoda? O que percebo quando comparo a profissão com a visão que tenho de mim mesmo? Existem forças sociais e políticas que estão atuando por trás da ‘vontade’ de desistir? Como são essas forças? Dentre outras tantas questões importantes.

Para fazer psicoterapia é preciso ser apaixonado por autoconhecimento?
Com base em minha prática clínica, entendo que, para fazer psicoterapia, o paciente não precisa ser ‘apaixonado’ pela busca de